terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Estatuto do Jornalista - Duda Rangel no Blog Desilusões Perdidas

É direito de todo jornalista...

Gozar da liberdade de ir e vir, principalmente na área vip de festas ou grandes espetáculos.

Receber jabás decentes, e não canetinhas e agendinhas vagabundas com logo de empresa.

Ter assegurada uma alimentação digna em coletivas de imprensa e não ser segregado a uma mesa ao fundo, juntamente com o motorista do jornal.

Se entupir de comidas gordurosas sem que ninguém encha seu saco com aquele papo de que vai enfartar aos 35 anos.

Ter acesso a uma máquina de café a uma distância máxima de 20 metros de sua mesa de trabalho.

Trocar a redação pelo trabalho em assessoria de imprensa sem ser discriminado pelos colegas de profissão.

Ficar com o ego massageado ao emplacar uma matéria de capa.

Ter apoio psicológico caso sofra ofensas que atentem contra sua integridade moral, como ser chamado de cagão, jornaleiro ou reporterzinho de merda.

Ter acesso a atividades esportivas, como partidas de sinuca e pôquer, valendo ou não dinheiro.

Dar um cochilo em pautas chatas, como simpósios médicos, debates na Comissão de Ética do Senado e palestras motivacionais de algum guru indiano.

Fazer parte de programas de inclusão sexual – a exemplo do “trabalhe menos e trepe mais” –, como forma de promover a perpetuação da espécie.

Ficar em cela especial na prisão, com TV a cabo, frigobar e cama king size, mesmo que o diploma não valha mais porra nenhuma.
 
 
 
 

Um comentário:

  1. Muito divertida essa reflexão sobre a profissão de jornalista. Sendo considerado o quarto poder, mereciam pelo menos o ultimo ítem do estatuto. Mesmo sem diploma...

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