sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A grande farsa das eleições

Campanha eleitoral para escolher presidente no Brasil nunca foi coisa para amadores. Com milhões de reais a disposição para “criar” o que quiser, as poderosas equipes de marketing transformam idiotas em gênios de um dia para o outro. Candidatos desconhecidos ou inexpressivos ganham uma nova cara, aprendem a usar um microfone e a aparecer na frente das câmeras sempre felizes ou tristes conforme a conveniência.
As estratégias de campanha podem variar da paz, amor e propostas para iludir o povo, para a guerra santa ou o jogo de denúncias vazias e acusações de última hora ou requentadas e, por fim, se necessário, a baderna nas ruas. Tudo muito bem organizado e pago. Militante que trabalha de graça nasce morto. Não se iludam. Ninguém segura bandeira de partido por idealismo ou amor. Em algumas capitais chega a 60 reais a diária.
Durante todo esse período eleitoral e até bem antes, o clima já andava pesado com a tradicional troca de denúncias entre oposição e situação. Agora, na reta final do segundo turno a coisa começou a desandar. Nunca neste país se viu tantos escândalos, denúncias, factoides, cenas teatrais, gente gaguejando dos dois lados, advogados, jornalistas, padres, bispos (os de araque inclusive), artistas, mata mosquitos amestrados, pessoal do GLS e até os humildes e “inocentes” despachantes têm aparecido com destaque nessa campanha.
Bolinhas de papel, rolos de durex, cabos de bandeira e sacos d´água são a resposta dos mais radicais (normalmente cabos eleitorais pagos pelos seus respectivos partidos) a eventual fraqueza dos candidatos. Nos programas eleitorais no rádio e, principalmente, na TV, a mentira fica mais acentuada. Estamos entrando na segunda década do século XXI e os políticos ainda discutem temas da idade média. O Estado é laico, mas todo padre ou bispo dá palpites como se fossem donos da verdade. Os debates nas TVs, até agora fracos, pouco tem mostrado de bom.
Poucos falam em saneamento ou para onde vai o lixo no Brasil. Muitos votaram pelo meio ambiente no primeiro turno sem saber nem por que. A alienação é geral. Ainda assim, acho que Dilma pode fazer mais que o fraco Serra. A oposição deve se organizar e - como sempre acontece na nossa democracia - tentar atrapalhar ao máximo quem estiver no poder. Como em matéria de civilização ainda estamos décadas atrás do primeiro mundo, o jeito é sonhar com dias melhores.
Fernando Veras

3 comentários:

  1. E o pior é que se chora de um lado pelo rolo de fita isolante, e pelo outro pelo balão de água...

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  2. Se fosse o Serra, começaria a fazer campanha com um capacete e, se possível, com uma armadura, rsrs!!! Agueeenta!!! Sai pra lá coisa ruim!!!

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  3. Saneamento? Pra que Fernando... Povo gosta mesmo é de ser enganado!
    Vou partilhar com os leitores do Chá de Burro, esse texto que recebi do Humor Tadela!
    Nosso partido cumpre o que promete.
    Só os tolos podem crer que
    não lutaremos contra a corrupção.
    Porque, se há algo certo para nós, é que
    a honestidade e a transparência são fundamentais.
    para alcançar nossos ideais
    Mostraremos que é grande estupidez crer que
    as máfias continuarão no governo, como sempre.
    Asseguramos sem dúvida que
    a justiça social será o alvo de nossa ação.
    Apesar disso, há idiotas que imaginam que
    se possa governar com as manchas da velha política.
    Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que
    se termine com os marajás e as negociatas.
    Não permitiremos de nenhum modo que
    nossas crianças morram de fome.
    Cumpriremos nossos propósitos mesmo que
    os recursos econômicos do país se esgotem.
    Exerceremos o poder até que
    Compreendam que
    Somos a nova política.

    Para acessar a versão Depois da Posse, basta ler de baixo para cima.

    H U M O R T A D E L A
    O Maior Site de Humor da América Latina
    http://www.humortadela.com.br

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